A milenar arte do chá no Japão
- Domundo Operadora
- 24 de mai. de 2024
- 3 min de leitura

A cerimônia do chá, ou Chanoyu, é uma das mais antigas tradições do Japão. Transcendendo a simples degustação de uma bebida, essa prática é, na verdade, uma representação da estética e códigos de conduta japoneses.
Por meio de gestos precisos e uma decoração minimalista, o ritual do chá guia os participantes a um estado meditativo de contemplação e apreciação do momento presente.
História e origens
No século XII, quando o Zen Budismo foi introduzido no solo japonês, chega com ele o matcha – chá verde em pó. Inicialmente utilizado pelos monges para se manterem despertos durante suas meditações noturnas, esse hábito evoluiu para uma filosofia de vida conhecida como “Chadō” (Caminho do Chá), que se manifesta no ritual chamado “Chanoyu”, ou seja, a Cerimônia de Chá.
No início, o ritual do Chadō era direcionado somente aos homens, tendo sido aberto às mulheres no final do século XIX. A prática foi ensinada às viúvas da guerra sino-japonesa para que essas mulheres pudessem sobreviver como professoras do chá. A partir desse ponto, a prática se disseminou por todas as classes sociais por meio de aulas ministradas em escolas e templos.
Pilares
Quatro pilares fundamentais sustentam a filosofia do Caminho do Chá (Chado): Harmonia, Respeito, Pureza e Tranquilidade.
A harmonia emana da sintonia cuidadosamente orquestrada entre o anfitrião, seus convidados, os alimentos e bebidas ofertados, os utensílios empregados no ritual e os elementos da natureza que permeiam o espaço. Antes da cerimônia, um lanche ou doce da estação é servido para complementar essa união.
O respeito refere-se à importância de abrir o coração de maneira sincera e desarmada para se relacionar com o próximo e também à natureza, reconhecendo a dignidade inerente em todas as coisas.
Já a pureza relaciona-se ao simples ato de limpar, tanto na preparação quanto na realização do serviço do chá e na organização posterior, trazendo ordem também para a própria mente. Essa arrumação é fundamental.
Por fim, a tranquilidade representa o ideal estético do chá, alcançado pela constante prática desses três princípios anteriores no dia a dia.
Utensílios e complementos especiais
Vários utensílios especiais são utilizados durante a cerimônia do chá. As tigelas, chamadas chawan, são geralmente de cerâmica. O bule de água quente (kama) é em ferro fundido.
Para preparar e servir o chá, utilizam-se colheres de bambu (chashaku) e batedores de bambu (chasen). Até os doces servidos (wagashi) são feitos de ingredientes sazonais e carregam significados auspiciosos. Cada item contribui para uma experiência contemplativa única.
O mestre de chá: Chajin ou Teishu
A cerimônia do chá é conduzida por um mestre de chá, conhecido como “chajin” ou “teishu”. É este líder habilidoso que guia os participantes ao longo do ritual, incorporando graça e atenção aos detalhes em cada movimento, transmitindo valores como humildade e apreciação pela simplicidade.
A experiência única da cerimônia do chá no Japão
Participar de uma cerimônia do chá no Japão é uma oportunidade única para compreender a cultura japonesa e contemplar a beleza na simplicidade do momento.
Através da observação minuciosa do ritual, da atenção aos detalhes e da apreciação da companhia dos outros participantes, abre-se uma janela para outra forma de percepção, mais serena e conectada.
Ao participar desse momento de introspecção coletiva, o visitante estrangeiro pode vislumbrar e incorporar em sua vida cotidiana pedaços valiosos da sabedoria milenar japonesa.
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