Os tradicionais charutos de Cuba: a importância do tabaco na cultura e no comércio do país
- Domundo Operadora
- 9 de jul.
- 2 min de leitura

Ao falar de Cuba, é impossível não mencionar os charutos locais, símbolo da nação ao redor do mundo. Mas você já se perguntou por que a conexão entre Cuba e seus charutos é tão forte? As respostas podem ser encontradas na história.
Os povos nativos e o tabaco
Segundo pesquisadores, as primeiras evidências de fumo de tabaco por povos indígenas no Caribe nos levam ao século IX. Mas foi só no século XV, quando Cristóvão Colombo desembarcou no “Novo Mundo”, que os europeus foram apresentados ao ritual de fumar folhas de tabaco. A experiência se mostrou um marco cultural para a população local e se perpetua até hoje como parte da identidade cubana.
A estruturação do comércio de charutos
Após o crescimento da expansão europeia pelas áreas do Caribe e o avanço dos processos de colonização, os espanhóis reconheceram o valor do tabaco e este se tornou, então, uma importante mercadoria enviada para a Europa.
Com o objetivo de fortalecer o comércio e escalar a produção dos charutos, as primeiras fábricas foram estabelecidas em Havana em meados de 1530.
Desde então, ainda que com seus altos e baixos por conta do monopólio espanhol e das proibições feitas no mercado europeu em meados de 1600, o mercado dos charutos cresceu e se tornou símbolo das elites no período que antecedeu à Revolução Cubana.
As mudanças trazidas pela Revolução Cubana
Após a Revolução Cubana, em 1959, e o embargo comercial estabelecido pelos Estados Unidos, diversos fabricantes de charutos transferiram suas produções para outros países do Caribe para continuar com a exportação da mercadoria. Países como a República Dominicana e a Nicarágua, com clima e solo semelhantes ao bioma cubano, receberam esses exilados políticos e se beneficiaram com o aquecimento da indústria no país.

Os charutos cubanos atualmente
Hoje, os charutos cubanos seguem sendo reverenciados e premiados ao redor do mundo na indústria global de tabaco. Além de terem se estabelecido como um verdadeiro símbolo da cultura e da identidade de Cuba, a indústria ainda movimenta uma parcela significativa da economia local.
Pesquisadores apontam que, no ano de 2017, Cuba exportou aproximadamente meio bilhão de dólares em charutos e essas transações representaram aproximadamente 27% da exportação de bens naquele ano.

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