Vlad Tepes: o homem por trás do mito de Drácula
- Domundo Operadora
- há 1 dia
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Antes de ser vampiro, Drácula foi príncipe. Antes da ficção, veio a história e ela se passa na Romênia.
Entre as florestas da Transilvânia e as muralhas de cidades medievais como Sighisoara, ecoa a figura de Vlad III, também chamado de Vlad Tepes (o Empalador).
Governante da Valáquia no século XV, ele inspirou o personagem mais famoso da literatura gótica: o Conde Drácula. Mas, diferentemente do vampiro criado por Bram Stoker, o Vlad real era de carne, osso e guerra.
Mais do que lenda
Nascido em 1431, Vlad carregava no nome o símbolo do dragão Dracul, em romeno herdado da Ordem do Dragão, da qual seu pai fazia parte. O título “Drácula” significava apenas “filho do dragão”, mas bastou para ganhar contornos sombrios com o tempo.
Durante seu reinado, ficou conhecido por métodos brutais de punição, principalmente o empalamento. Também há registros de que tenha recorrido a táticas consideradas rudimentares de guerra biológica.
Ao mesmo tempo em que era uma figura implacável, para muitos romenos ele também foi um herói. Defendeu a Valáquia contra os otomanos e tentou impor ordem em uma região mergulhada no caos político.
O que é real, o que é ficção
A ligação entre Vlad e o vampiro que conhecemos hoje foi feita por Bram Stoker, em 1897, ao publicar Drácula. O autor irlandês nunca visitou a Romênia, mas se apropriou de lendas locais, da paisagem gótica da Transilvânia e de registros históricos sobre Vlad Tepes para compor seu personagem.
A imagem do nobre noturno que se alimenta de sangue humano se cristalizou como uma das mais poderosas do imaginário ocidental. Ainda que o Castelo de Bran com sua localização no alto de um rochedo nunca tenha sido a residência principal de Vlad, ele hoje atrai turistas movidos por essa associação. Já em Sighisoara, onde o príncipe nasceu, a conexão é mais certeira: o centro histórico mantém preservadas muralhas e torres do século XIV.

Além do mito: Drácula na cultura pop e no turismo
A força do mito de Drácula vai muito além da ficção. Ele movimenta a economia local, mantém viva a memória de um personagem histórico controverso e alimenta o fascínio global.
A figura do vampiro já foi reinventada inúmeras vezes no cinema, na TV e na literatura de Nosferatu (lançado originalmente nas telonas em 1922, e que ganhou remake em 2024) ao Drácula de Bram Stoker (1992), do filme Buffy A Caça-Vampiros (1992) à série de mesmo nome, lançada em 1997, passando pela febre da saga Crepúsculo (2008).
É na Romênia que o imaginário ganha contornos reais: o turismo em torno da Transilvânia cresce ano após ano, misturando história, lenda e paisagem.
Quem visita o país hoje percorre não apenas os passos de um antigo governante, mas as camadas entre realidade e invenção que transformaram Vlad Tepes em ícone.

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